Deus empregado de mesa
Vem a mim e pergunta
Se estou servido.
Digo, diletante, que não
E Ele toma nota do que quero:
Eu pedi-te.
À saída, percebe a minha satisfação
Pelo volume generoso da gorjeta
E vem confirmar se gostei do serviço:
- Gostei muito, Senhor. Só é pena
Demorar tanto tempo.
Ele encolhe os ombros, sorrindo:
- Tem razão. Aqui
Obter o que se deseja
Demora
Uma eternidade.
Ribeira de Pena, 2009.
Joaquim Jorge Carvalho
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