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A turista acumulava o sol
Com o estudo:
Sebentas de Direito entardeciam
Indiferentes ao oceano.
Subitamente o vento apareceu
E, devasso, incomodou a praia:
Fotocópias de opas e sucessões voam
Mar adentro.
Ao longe, como barquinhos
Vêem-se pedaços de lei navegando
Para as Desertas.
Não há maior Direito que o mar
(Pensou a turista, espreguiçando-se
E esquecendo-se.)
Ribeira de Pena, 11-02-2009.
Joaquim Jorge Carvalho
[Poema revisto com base num original dado à luz em Machico, no ano já longínquo de 2007. Dedicado agora, como então, à V. que se licenciou em Direito no dia 19 de Dezembro desse ano. A imagem-supra reproduz uma pintura de José Malhoa, "Praia das Maçãs" (1918).]
2 comentários:
E o Pai da turista ainda correu descalço por cima de dolorosas pedras atrás da Cessão de Quotas!
É para veres a força deste homem!
Portanto (revisões): Mar maior que o Direito.
Pai maior que o Mar. É só fazer as contas...
Kiss.
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