Na Praia de Mira, hoje, havia
Mais areia do que barcos
Mais mar do que areia
E mais luz do que mar.
No meu coração
(que é uma espécie de praia
vista por dentro)
havia só saudades.
Mais saudades do que luz.
Coimbra, já 06 de Abril de 2010.
Joaquim Jorge Carvalho
2 comentários:
Praia de Mira!...
Que saudades, sim, desse tempo em que o tempo era infinito, em que a vida era toda amanhã, em que a bolacha americana era vendida em latas de um verde claro irritante, mas irresistível... em que na Barrinha se podia tomar banho!
Hoje, visitar a praia sabe a memórias da infância e juventude! É como voltar a saborear um daqueles gelados de baunilha e morango de então!
Obrigada pela recordação, Quim Jorge!
Clara
É verdade (e é assim) tudo quanto dizes!Eu julgo que somos cúmplices de contextos (físicos e afectivos) - e Mira faz parte desta cartografia muito nossa e mágica. De certa forma, Mira, para quem nasce no distrito de Coimbra ou em lugar próximo, é até uma parte significativa do próprio País da infância e da adolescência, não é?
Bj.
JJC
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