quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Aula de literatura
O meu pai ia, muitas vezes, beber cerveja ao Café "O Rio", ali junto à Estação Velha. O Daniel Abrunheiro viu-o pela última vez nesse lugar, sem saber que era a última vez. Lembrando-se disso, afirmou-me, pelo telefone, em geniais versos de língua portuguesa, que o Café "O Rio" se chama (se deve chamar), agora, Horácio. Portanto: que o meu pai, senhores, não está morto, tirando esse simples facto de aparentemente não o vermos. Que está, senhores, infinitamente vivo nas palavras (minhas, do Daniel ou do latino Horácio) que o dizem, que me o dizem.
E era preciso a muitos professores de literatura que soubessem desta verdade essencial sobre os versos e a vida.
Cabeceiras de Basto, 29 de Fevereiro de 2012.
Joaquim Jorge Carvalho
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