Em
casa, fiz os costumeiros exercícios abdominais. Depois, ainda não eram oito e
um quarto da noite, fui em corrida até Eiras e voltei. Por trinta e cinco
minutos fiz de conta que não estava cansado.
Já
em casa, pingando suor, reouço a notícia da morte de Urbano Tavares Rodrigues.
Considero-o um bom e honesto escritor. )Nota folclórica: Há alguns anos, fez
parte do júri do Concurso Literário de Conto da CGTP, de que fui orgulhosíssimo
vencedor. Não esteve na cerimónia de entrega de prémios – já - por motivos de
saúde, o que me impossibilitou de o conhecer pessoalmente.)
Pude
ler hoje, no jornal do Café (Correio da
Manhã), um trecho –muito, muito lindo - do prefácio que o escritor escreveu
para Nenhuma Vida, obra ainda
inédita, a publicar futuramente pela Dom Quixote. Partilho-o aqui convosco:
“Daqui me vou despedindo pouco a pouco,
lutando com a minha angústia e vencendo-a, dizendo adeus à agua fresca do mar e
dos rios onde nadei, ao perfume das flores e das crianças, e à beleza das
mulheres.”
Em
contraponto, deliberadamente ignoro o cinismo e a hipocrisia de alguns que,
para jornal ver, debitaram admirações ocas e falsas sobre o homem e a obra.
Questão de higiene, sobretudo.
Coimbra, 09 de Agosto de 2013.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a
devida vénia, em http://www.terraalentejana.blogspot.com.]
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