Por
causa do Sporting-Fiorentina, corri apenas trinta e cinco minutos, non-stop, da
rua de S. Miguel ao “Diário de Coimbra”, e vice-versa. Pude, ainda antes do
banho, ver a primeira parte em casa (grande golo do Montero!) e depois vi o
resto da nossa vitória no magno lar de minha mãe, com a V.L. ao lado.
Doíam,
de novo, as costas à minha mãe. Para aquela mulher se queixar, algo de sério se
passa. Custa-me saber que ela sofre tanto com o mal do Tempo: coluna,
articulações, sistema respiratório.
Revi
há dias uma sua fotografia de 1970, num cartão da segurança social. Conheço
muito bem aquele rosto, porque me lembro de o ver nos dias lindos da minha e
sua imortalidade, e porque ainda me acontece vê-la exactamente assim (se eu
entrefechar os olhos), jovem e saudável como aparece naquela fotografia.
A
razão ensina-nos a dividir a vida em passado, presente e futuro. Já o coração é
só presente – e esse presente é a vida toda. Às vezes, aleluia, parece até que
viver é esta coisa linda que nunca acaba.
Coimbra, 11 de Agosto de 2013.
Joaquim Jorge Carvalho
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