Passei o dia em Buarcos, com a MP e a VL. Sol, mar
maravilhoso (não obstante o friozinho da água, pois), o tempo suspenso como
habitualmente acontece nestes instantes voadores, no dificultoso reino da
felicidade.
Aí pelas seis da tarde, corri pela marginal – dois
mil e duzentos metros até à subida que leva à Serra da Boa Viagem, e dois mil e
duzentos metros no regresso ao ponto de partida. Foram cinquenta minutos de
exercício com (digamos assim) o mar à cabeceira.
À noite, frango de churrasco com a família
(incluindo a Mãe) e oportunidade para telever a segunda parte de um grande
jogo, o Chelsea - Bayern de Munique. Rico serão, portanto.
Soube, no final deste dia 30, que morreu o grande
poeta Seamus Heaney, autor que leio e admiro desde 1982. Foi, como se sabe,
Prémio Nobel da Literatura, em 1995. Lembro-me muitas vezes de um verso seu,
que ironicamente glosa uma discussão interminável que ainda ocupa boa parte da
humanidade: a existência ou não de vida após a morte. Heaney punha assim o problema
(cito de cor):
“Is there life
before death?”
Os grandes poetas também morrem? Talvez sim…
E, contudo, no que me caiba a mim decidir, direi
que não. Que nunca.
Coimbra, 29 de Agosto de 2013.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida vénia, em http://www.narrativemagazine.com.]
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