Durante
cinquenta e cinco minutos, fiz o que na tropa se designava por “mar-cor”
(marcha e corrida). A casa de partida foi a casa da minha mãe, aí pelas oito
horas da noite. (Nota: nunca me soou tão bem a expressão “casa de partida”).
Andei pela baixa, cruzei-me com indígenas e turistas correndo também,
atravessei a ponte, tornei à Estação Velha pelo Choupal.
Por
alguns segundos, no caminho de regresso à casa de partida, atravesso um túnel –
e sobre mim, nos exactos instantes da penumbra durante, um comboio passa
fragorosamente, rumo à Figueira da Foz.
Aquele
barulho ferroviário incomoda-me. Mas invejo-lhe a força e o destino. Boa parte
da minha biografia tem sido assim.
Coimbra, 06 de Agosto de 2013.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida situação, em http://www.panoramio.com.]
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