Saio, correndo, da rua de S. Miguel, aí pelas sete
e meia da noite. Passo a Nissan, a Escola Secundária D. Dinis, a Makro, o
Diário de Coimbra. Paro junto à placa que diz “Eiras” e faço alongamentos.
Regresso logo a seguir, mas mais lentamente, porque está muito calor, demasiado
calor, e porque me doem joelhos e músculos. Em casa, faço abdominais, suando
exageradamente. Longos cinquenta minutos é o tempo desta prática
desportivo-masoquista.
Estendo agora a toalha velha sobre uma cadeira e
vejo a primeira parte do Portugal-Holanda. O banho virá depois, como um prémio.
No intervalo do jogo, enquanto subo as escadas, ouço certo locutor falar da
ténue recuperação da economia. Não quero saber disso. Uma neura com cara de
Kierkegaard anda-me pelo cérebro desde manhã.
Na contabilidade do amor, as saudades são uma
espécie de IVA. Leia-se: Imposto de Valor Acorrentado.
Coimbra, 14 de Agosto de 2013.
Joaquim Jorge Carvalho
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