segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Soneto de uma folha passando pelo Natal
Do Natal que vinha-veio-desaparece
Hei-de um dia ter saudades, ao contrário
Do Natal que ora, ao perto, me parece
Um fatal quase fardo calendário.
Que Natal é a Mãe viva ainda, o lar
Semelhante ao berço d'antes, imortal -
É uma mesa grande a recordar
Fantasmas de outra mesa quase igual.
Eu sou folha só no Tempo em voo brando
Soprada a brisa bruta ou mais leve
(A minha biografia é ir passando) -
Olho às vezes para trás como se deve
Fazer a meio do voo - e é quando
Sei de Natal (ou Vida) que é tão breve.
Coimbra, 25 de Dezembro de 2011.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida vénia, em http://meme.yahoo.com.]
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