quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
História para o Porvir
Dou-te, vida, a mão e levo-te ao cinema
(Rio-me contigo na penumbra da história)
Cá fora, entre choupos, invento um poema
Que por mim guardas (ou não?) na memória.
Compro-te um gelado se for verão
(Ou um croissant quente no inverno)
Dou-te, talvez tremendo, a minha mão
E falo-te baixinho, grave e terno.
Despeço-me no Arco de Almedina
Logo deixando, ó triste, de existir
(Tão grande é essa força pequenina)...
Até que eu fico, enfim, em vez de ir!
E eis, vida, o mais que há da minha sina
Para contar aos outros no porvir.
Ribeira de Pena, 13 de Dezembro de 2011.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem (de Luzes da Cidade, de Chaplin) foi colhida, com a devida vénia, em http://www.ochaplin.blogspot.com.]
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