domingo, 11 de dezembro de 2011
Pescador
- Pescador, de que foges
Correndo para o mar?
- Das redes do tempo
Que me podem matar.
- Pescador, ninguém foge
Do tempo a correr.
- Eu sei tudo de redes:
Fujo até poder.
- Pescador, todos morrem
(É humana sina!)
- Só me há-de apanhar
A rede divina.
- Pescador, como saber
Se é Deus ou o Mal
Quando te aparecer
A rede final?
- Eu fujo por amor
Da vida a chamar-me.
Só Deus Pescador
Poderá pescar-me.
Ribeira de Pena, 11 de Dezembro de 2011.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida vénia, em http://www.abiyoyo.com. Este poema faz parte do meu livro de poemas "A Palavra Vale" com que venci o Prémio Literário Francisco Álvares de Nóbrega (Machico - Madeira). A Junta de Freguesia de Machico editou um volume intitulado V Concurso Literário de Poesia Francisco Álvares de Nóbrega (Outubro, 2011) que, além do meu trabalho, inclui os trabalhos classificados no 2.º e 3.º lugares.]
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