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terça-feira, 22 de março de 2011

O Leão da Estrela


Não tem de ser racional a explicação de uma dor, pois não?
A morte de Artur Agostinho, como a de Fialho Gouveia e a de Raul Solnado, significa para mim um adeus a um tempo.
Bem sei, alguma coisa da história da televisão se cruza decerto com esta saudade que não consigo deixar de sentir.
Mas chegam-me à memória, sem esforço, outros ecos: relatos de hóquei em patins rádio-ouvidos em Setembro, na praia de Mira; gritos de goooolo do Sporting numa quarta-feira europeia, ali entrepercebidos à porta do Café Lusa Nova...
A morte dos que eram o mundo quando eu era tão mais lindo e limpo é já um pouco a minha morte sendo.
Eu gostava do Artur Agostinho. E acho que ele foi, à escala do que me lembro-sinto, um grande português.

Ribeira de Pena, 22 de Março de 2011.
Joaquim Jorge Carvalho

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