segunda-feira, 21 de março de 2011
Dia 21 de Março com o gajo da poesia
A palestra tinha a ver com a data: 21 de Março, Dia Mundial da Poesia.
Falei hoje do assunto aos alunos do CEF da minha Escola.
Muito resumidamente, o que lhes disse foi que cada um deles constitui um inteiro mundo e que precisamos de linguagem que diga, de cada um de nós, que somos um mundo inteiro.
Sublinhei, como pude, que a vida e a literatura precisam uma da outra.
E que, se outra razão não houvesse para a lermos, havia esta de o mundo poder ser infinitamente mais pobre sem versos, histórias, teatro.
Foi uma manhã útil, tanto quanto pude perceber. Com os alunos, a Dona Glória, as colegas Rosário e Elsa, li e discuti aspectos fundamentais da comunicação humana.
O público esteve em silêncio quando era preciso silêncio. Interveio quando foi chamado a intervir. E, frequentemente, riu-se (como também é natural quando se fala de literatura, senhores).
Sinto-me bem na pele desta espécie de apóstolo do texto literário, mais ainda quando - como é felizmente o caso - tenho cúmplices tão dedicados como eu. Cruzei-me agora à tarde com um dos rapazes que me ouviu de manhã. Ele sorriu-me, de forma simpática e bem humorada. Talvez dissesse para a colega caminhando a seu lado: "Aquele profe é o daquela cena d'hoje, na biblioteca, o gajo da poesia".
Não me importaria nada que isto (que imagino) fosse verdade. Um "gajo da poesia", ou "da literatura em geral" - não era má antonomásia para a pobre existência de um professor em Portugal.
Arco de Baúlhe, 21 de Março de 2011.
Joaquim Jorge Carvalho
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