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Número de Ondas

segunda-feira, 10 de maio de 2010

No dia 9 de Maio de 2010


Sei que houve em Portugal, hoje, um acontecimento muito importante.
Não apenas Lisboa esteve envolvida, mas todo o país em geral, incluindo as regiões autónomas.
Aliás, em outras áreas do mundo milhões de pessoas se deram conta do fenómeno.
Falo, como já deveis ter adivinhado, da nuvem de cinzas vulcânicas que obrigou centenas de voos a ficarem em terra.
A maioria de nós não tem a noção do que um vulcão adormecido pode impressionar e, admitamo-lo, incomodar.
Não nos resta nada, em casos assim, senão ter paciência, esperar que a nuvem passe e que durante muito tempo nos livre da sua presença impressionante e, admitamo-lo, incomodativa.

Coimbra, já 10 de Maio de 2010.
Joaquim Jorge Carvalho

3 comentários:

Paulo Pinto disse...

Não obstante todos os incómodos e embaraços, nós, humanos pseudo-deuses, precisamos que a Natureza nos recorde os nossos limites. Aliás, as fúrias dos elementos têm o condão de nos unir, de trazer ao de cima solidariedades e generosidades improváveis. Os sismos, as erupções, as tempestades, as enxurradas, são talvez a emanação de Shiva, o destruidor-criador. Cumplicidades, amizades, amores, quantos não terão despontado nesses aeroportos repletos de passageiros sem transporte? Normality sucks.

Joaquim Jorge Carvalho disse...

Tudo quanto dizes me parece pertinente e justo, Paulo.

Mas tenho uma confissão para te fazer (aqui entre nós, que ninguém mais nos "ouve"): aquela incursão pelas cinzas vulcânicas do dia 9 serviu-me sobretudo para (não) falar do Benfica e, na minha cabeça, o texto deveria ser lido a essa (Deus me perdoe) "Luz"...

Abraço!
JJC

Paulo Pinto disse...

Foi outra erupçãozinha irritante que encheu o Céu, não de cinzas, mas de foguetes festivos. Como adepto dos dragões, também sofri e sofro. O sofrimento seria tolerável se tivesse sido o Braga ou mesmo o Sporting o campeão.
Mas é uma expiação (agora que está cá o Papa até vem a propósito...) pelo pecado de tantas épocas de vitórias. Se calhar vem aí a travessia do deserto, o mesmo por onde o Sporting tem andado. Ou talvez não. É isto o encanto do futuro: nunca podemos afirmar conhecê-lo.
Um abraço solidário