Bússola do Muito Mar

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Número de Ondas

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Lírica psico-hípica


Cavalo que ouço correr
Na noite de estar inquieto
É como alguém a morrer
Cansado de estar inquieto;

Cavalo da solidão
Dos sonhos do meu penar –
Cavalga na minha mão
Não deixes de cavalgar;

Cavalo das minhas veias
De ininterruptas corridas
Sonha os sonhos que me anseias
Sara a dor destas feridas;

Cavalo do meu pensar
Cavalo do meu penar
Cavalo do meu esperar –
Não deixes de cavalgar.



Ribeira de Pena, já 27 de Maio de 2010.
Joaquim Jorge Carvalho
[Uma versão deste poema foi originalmente escrita em 1996, integrando – então – o volume Milésimo de Torga. A imagem-supra (capa do single “Cavalos de Corrida”, dos UHF) foi colhida – com a devida vénia – em http://www.cultkitsch.org/musica/tugas.]

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