
Participei, no final da tarde de hoje (5.ª feira), no Auditório Municipal de Ribeira de Pena, numa sessão de esclarecimento sobre aspectos do Novo Acordo Ortográfico. A sessão foi promovida pelo Departamento de Línguas do Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena.
Viajámos, com algum humor e indisfarçada inquietação, pelas curvas, rectas, avenidas e armadilhas desta variegada (e dolorosa) novidade.
A verdade é que, aquém e além todas as azias, pouco mais resta aos educadores e professores, enquanto soldados ao serviço da legal potestade, que engolir os sapos atlânticos do acordo – e ensinar as nossas crianças e os nossos jovens (etc.) a escrever segundo novas regras.
De todo o modo, acho eu, a nossa Pátria há-de ser sempre a Língua Portuguesa. Aliás, a nossa Pátria HÁ DE ser sempre a Língua Portuguesa.
Assim é que está correcto. Aliás, CORRETO.
(Mas custa, oh, se custa!)
Ribeira de Pena, 20 de Maio de 2010.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem-supra representa o Padre António Vieira, sublime cultor da nossa Língua, como justamente sublinhou Pessoa, e foi colhida - com a devida vénia - em http://www.historiadoensino.blogspot.com.]
2 comentários:
A mim não me custa. Ou não estou bem a ver a coisa, ou é por não ser prof de port, ou sei lá. Acho esquisito, mas não me preocupo com isso.
AGM
A mim, que sou (embora por acidente) professor de Português, também me custa. Mas por outro lado reflicto: houve outras reformas ortográficas antes. Terá custado a outros deixar de escrever «quási», «villa», «pharmacia»... mas a evolução da língua assim o ditou. Tudo o que é vivo muda. Pelo menos que possa servir para fazer convergir as várias escritas do Português...
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