quinta-feira, 14 de abril de 2011
Céu de poeta
Uma estrelinha atravessa o céu, escondendo-se como pode dos olhares e das vozes vizinhas.
Mil outras estrelas são ali exclamações de luz e de festa.
A estrelinha foge do ruído, porque há nela aquele sufixo de timidez e de fragilidade. Procura, diligente e silenciosa, um canto esconso na periferia do firmamento.
Mas à sua volta é a noite, que é o contrário de si.
Vive, logo, brilha. Logo, é percebida.
De estrelinhas assim se faz o céu de um poeta com medo do escuro.
Ribeira de Pena, 14 de Abril de 2011.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida vénia, em http:www.echacara.bolg.uol.com.]
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