A professora Odete Figueiredo é minha colega na Escola Básica de Arco de Baúlhe. Ao longo de uma década, habituei-me a ouvi-la falar de sua mãe. Percebi que se tratava de uma preocupação constante, apenas equiparável – no meu imaginário – à que sinto pela saúde e bem-estar da minha única filha.
Com os anos, bem sei, tornamo-nos encarregados de educação (também) dos nossos pais. E estes, com o tempo, tendem a tornar-se frágeis como cristal muito fino.
A Odete andava há algum tempo com aquela tristeza que os humanos inevitavelmente sofrem perante a inevitabilidade do fim de quem amamos.
Soube que a mãe da Odete partiu ontem. A perda de uma mãe, como a entendo, é um tsunami grande. Um tsunami velho e universal.
Eu estou aqui contigo, Odete, vizinho absoluto da tua Dor.
Coimbra, 21 de Julho de 2102.
Joaquim Jorge Carvalho
[Foto da Odete, durante uma visita de estudo a Ribeira de Pena com os nossos alunos do 7.º ano.]
1 comentário:
Soube da triste notícia por ti ao visitar o teu blog. Associo-me a ti na solidariedade que a Odete merece e da qual precisa.
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