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sábado, 28 de abril de 2012

A Educação de Charlie Banks

Há em não ter televisão os seus benefícios. Graças à ausência, em minha casa, daquele dispositivo que a Chularia Nacional nos obriga agora a comprar (TDT), passei parte desta tarde a ler e, depois, a ver um filme realizado por Fred Durst (vocalista dos Limp Bizkit), com o título que dá nome ao presente bilhete postal: A Educação de Charlie Banks.
O filme tem, para mim, uma especial curiosidade: um dos actores principais, Jason Ritter, é filho de um outro actor que me habituei a admirar nas séries americanas, John Ritter.
A história anda à volta de um jovem problemático, um ex-menino de rua, de origem irlandesa, que aprendeu a resolver os seus problemas com violência. Há nele uma espécie de vertigem destrutiva (e auto-destrutiva). A seu lado, outros jovens dividem-se entre o medo daquele rapaz e a generosa crença na sua recuperação.
A lógica da narrativa conduz-nos à perturbadora ideia de que, ao contrário do que Rousseau ou o padre Américo advogavam, há gente que já nasce má - e para sempre. Recordei-me de um trecho de Alçada Baptista (em Catarina ou o sabor da maçã) em que o narrador sustentava a existência (inata e profunda) do Mal em alguns seres humanos.
Sumário: tempo bem empregado, este no visionamento da obra de Durst. (E o dvd, sabei, custou dois euros, no Jumbo.)

Ribeira de Pena, 28 de Abril de 2012.
Joaquim Jorge Carvalho

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