Apresentei ontem, pelas dez da noite, no Auditório Municipal de Ribeira de Pena, um livro intitulado Hhomens, de Antónia Áurea Ferreira (Lisboa, Ed. Vieira da Silva, 2012). A obra em causa é uma espécie de ramalhete de memórias e de pensamentos-ideias que a autora, uma ribeirapenense radicada em Sintra há já dezasseis anos, reuniu sob a forma sobretudo de pequenas narrativas. Aproveitei a ocasião para, uma vez mais, perorar sobre o imenso poder da literatura – e, em particular, da narrativa – em matéria de ordenação/explicação da vida e do mundo.
A autora só me foi apresentada pessoalmente no exacto momento da cerimónia. Mas disse-lhe, menos a brincar que a sério, na altura de a cumprimentar, que já a conhecia bastante bem. Não era uma piada, não: ficamos a saber muito de alguém que se expõe por centenas de páginas adentro (ainda que sob a capa de episódios e nomes pintalgados de ficção).
Sei do que falo, que eu próprio me sinto, a cada texto escrito-revelado, um frágil devoto na hora transparente da confissão de ser.
Vila Real, 06 de Maio de 2012.
Joaquim Jorge Carvalho
segunda-feira, 7 de maio de 2012
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