sábado, 1 de outubro de 2011
Falta
Faz-me falta o mar
E uma gaivota sobre o livro
E a solidão voluntária
De ver o mar e a gaivota
E a solidão voluntária
Fazes-me falta. O mar
Absoluto e longínquo
É aqui dentro
E todas as partes são tristes
Fazes o mar. Não existes
Senão pelas gaivotas azuis
Da escrita. Não existes
Para além de fazeres falta
O mar invade as portas
E a solidão voluntária e castanha
Não há barcos e não há gaivotas
Está um livro fechado
Dentro de mim.
Ribeira de Pena, 01 de Outubro de 2011.
Joaquim Jorge Carvalho
[O poema faz parte do meu livro Desapontamentos dos Dias, Coimbra, Ed. A Mar Arte, 1995.]
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário