terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Statu Quo & Quid Pro Quo
José Sócrates, ao que parece, já reiterou a intenção de - apesar do país - se manter primeiro-ministro, com ou sem FMI. Aliás, reiterou também a intenção de - apesar do PS - se manter como secretário-geral.
Cavaco Silva candidata-se à reeleição para o cargo de presidente da República. Sobre o estado actual do país, explica ao povo que o seu papel não é o de governar, logo, não tem culpa. Por outro lado, com vista à sua reeleição, adianta que afinal é possível exercer uma "magistratura activa" e obrigar o país a entrar nos eixos.
Como se vê, a Política em Portugal não tem muito a ver com decoro ou coerência. (Decoro e coerência são a dupla face de um substantivo em extinção nesta Europa muito liberal e globalizada - a decência.)
Caros amigos, despedi-vos de todas as dúvidas: o celibato da Culpa, em Portugal, é um inamovível (i-na-mo-ví-vel) dogma.
Arco de Baúlhe, 18 de Janeiro de 2011.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida vénia, em http://www.sapo.pt.]
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