A MP comprou na Natura alguma roupa que aqui não importa referir.
No exterior do saco das compras, há um texto não assinado (que, em boa verdade, lembra fórmulas de Paulo Coelho & derivados). Trata-se de uma narrativa.
Como estou habituado a ver sinais sobre mim nos mais ínfimos aspectos do quotidiano, detenho-me na história. Reza assim:
«Um velho índio estava a falar com o seu neto e contava-lhe:
- Sinto-me como se tivesse dois lobos lutando no meu coração. Um é um lobo irritado, violento e vingativo. O outro está cheio de Amor e compaixão.
O neto perguntou:
- Avô, qual dos dois ganhará a luta no seu coração?
O avô respondeu:
- Aquele que eu alimente.»
Desvio a atenção do saco da Natura para dentro de mim - e interrogo-me agora, por estas avenidas do Dolce Vita, sobre o lobo que eu próprio venho alimentando…
Vila Real, 16 de Janeiro de 2011.
Joaquim Jorge Carvalho
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