Bússola do Muito Mar

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Número de Ondas

domingo, 9 de janeiro de 2011

1972


1972. Vou à baixa de Coimbra com a minha mãe, mão na mão. Ela leva-me ao barbeiro, ali ao lado do Café Santa Cruz e, depois, ao registo civil para o meu primeiro bilhete de identidade. No mercado, compra-me um pastel de nata e um livro. Deve ser primavera. A minha mãe é uma mulher linda e cheia de saúde.
Aquele dia faz-me hoje tanta falta, mãe!

Ribeira de Pena, 08 de Janeiro de 2011.
Joaquim Jorge Carvalho
[Imagem (foto JJC): Mãe e VL, contemporâneas de antes e depois de mim; gente consubstancial ao que sou.]

2 comentários:

Rosa Miranda disse...

Receio, desde há muito,o futuro...Tenho o pressentimento de ter a "herança" da longevidade a que chamam "esperança de vida"... Vejo-me lá longe a não ter coragem de olhar as fotografias... Lá longe onde tudo nos faz falta...
Nasci no Inverno e ele vai, teimosamente, nascendo dentro de mim...

Joaquim Jorge Carvalho disse...

Os antigos inventaram a expressão "Carpe diem" como pseudo-remédio para a perda a haver que a vida humana fatalmente é.
Carpe diem, seja.