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Número de Ondas

sexta-feira, 8 de julho de 2011

"Confiança precisa-se"


Li no jornal Público, no dia 05-07-2011, um sensato artigo sobre a questão dos famosos “mercados” e, na periferia gordurosa do fenómeno, da questão das (não menos famosas) “agências de rating”. [Este artigo, sublinho, antecipou-se ao “murro no estômago” de que, muito justamente, se queixou ontem o nosso primeiro-ministro.]
Declaradamente do lado do sistema financeiro, mas de forma desempoeirada e um pouco menos cínica do que é o neoliberal costume, os dois autores deste artigo (João Caetano, professor universitário; e Nicolás Lori, investigador universitário) sugerem a forma de se recuperar confiança – dos mercados em Portugal; e de Portugal no sistema (capitalista).
«Esta confiança só poderá surgir através das seguintes acções:
1. Que quem deve, poupe, para pagar mais depressa as suas dívidas.
2. Que quem emprestou dinheiro seja tolerante, para que não sufoque quem deve.
3. Que quem produz, venda mais barato, para dar mais emprego aos que trabalham e mais produtos a quem os procura.
4. Que quem compra, viva de forma discreta e honesta, proporcionalmente [sic] ao que produz.»

Enunciado de bom senso, parece-me. E o bom senso é, também no mundo da economia e das finanças, uma espécie de aragem de oxigénio: respira-se, por momentos, melhor.

Ribeira de Pena, 07 de Julho de 2011.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida vénia, em http;//www.ficoindignado.wordpress.com]

2 comentários:

Paulo Pinto disse...

Também concordo. No fundo, a ética e o bom senso são (também) os pilares de uma economia saudável.
Mas que lugar podemos esperar para a ética e o bom senso, quando o Dinheiro se tornou o equivalente actual ao Senhor Deus medieval?

Joaquim Jorge Carvalho disse...

Pois...