Veio na "Visão" (edição de 14-07-2011). Alguém declarou o seu amor, nos muros de uma Escola de Salvatera de Magos, a tinta e paixão:
"Amo-te internamente Margarida."
Provavelmente sem querer (ou, se calhar, muito querendo), o sujeito de enunciação disse algo de fundamental e definitivo sobre o amor: que se trata de coisa interna. Coisa invisível para quem não veja as coisas com o coração (como explicou Exupéry). Coisa inexplicável para quem não, por si próprio, a experimente (como disse Camões). Coisa sem sentido para quem esteja de fora daqueles muros, daquela tinta, daquela pureza ortográfica (como, agora, vos digo eu).
Glosando Espanca, amar ou "Ser Poeta" ...
É ter fome, é ter sede de infinito
Por elmo as manhãs de oiro e de cetim
É condensar o mundo num só grito
E é amar-te assim internamente...
Etc. etc.
Ribeira de Pena, 16-07-2011.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida vénia, em http://www.estado.com.br.]
Sem comentários:
Enviar um comentário