sábado, 3 de julho de 2010
Espécie de oração
O Mestre João, senhor meu sogro, está a lutar pela vida.
À pressa, a MP e a VL vão para a Madeira. Eu estou atado a Coimbra, por imperativos de trabalho.
Não há mundo suficiente para medir a aflição dos seres que amam perante a mortalidade dos seres amados.
Queremos muito que o Mestre João resista e viva mais anos, mas somos tão pouca coisa para ajudar, somos tão nada.
Estamos com o espírito na sua cama de hospital, no oxigénio que ele dificultosamente respira, na lembrança que decerto ele também vai tendo de nós.
Por mim, esforço-me por acreditar que ainda hei-de ver o Mestre João a sorrir desta prosa aflita e, quase de certeza, a fabricar de improviso uma piada ou um trocadilho genial.
Acontece que levei muitos anos a conhecer um santo. Seria cruel perdê-lo tão intempestivamente.
Ainda não isso, portanto, Senhor.
Coimbra, já 03 de Julho de 2010.
Joaquim Jorge Carvalho
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