Tenho resistido a uma forte discussão sobre os méritos da companhia de
aviação que assegura os voos entre Funchal e Porto Santo. Da parte dos
governantes e de utentes, a crítica tem sido feroz, por – alegadamente – os
voos previstos serem adiados de forma sistemática, sem respeito pelos mais
elementares direitos de quem (não) viaja. A companhia espanhola defende-se com
argumentos de ordem técnica e regulamentar, garantindo que não aterra nem
descola devido aos ventos fortes que assolam o arquipélago. Muitas vozes
contrariam a alegação da empresa, questionando a razão de, apesar destes mesmos
ventos, haver voos para as Canárias.
Sei de menos para opinar sobre o assunto. Mas já me assusta o
desplante com que governantes defendem uma diminuição da severidade protocolar
que a lei dedica, em Portugal, às questões da segurança. É um pouco como
aqueles que defendem a energia nuclear por serem raros os acidentes com as
centrais. Ou como Trump, quando se marimba para as questões ambientais em nome
do lucro imediato (para si & amigos).
Muitas vezes, quem se arrisca… lixa-se!
Machico, 23 de Agosto de 2018.
Joaquim Jorge Carvalho
[Foto VLOSC]
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