
Na Madeira como no continente: incomodam-me os que deitam para o chão o lixo circunstancial (maços de tabaco vazios, lenços de papel, guardanapos, embalagens de gelado, garrafas e latas, etc.); os que conduzem dentro de aldeias, vilas e cidades como se a via pública fosse pista de automóveis ou motos, sem respeito por sinais trânsito, por regras básicas, por passadeiras, por inocentes peões (incluindo crianças e idosos); os que não respeitam as filas (nas caixas de supermercado, nos balcões de Café, nos chuveiros da praia); os que impõem aos outros a presença dos seus animais, descuidando o espaço e a liberdade da vizinhança (pondo em causa o sossego e a segurança de quem pretende usufruir de razoável tranquilidade); os que jogam futebol na praia, atingindo recorrentemente quem quer descansar, ler, olhar para o mar (e, a cada bolada contra as vítimas, dizem que “foi sem querer” ou nem sequer pedem desculpas); os que não sabem viver em sociedade, muito satisfeitos com o seu estado de bestas atrevidas e frequentemente impunes.
Falta-me, aqui e em toda a parte, paciência para o desrespeito e a estupidez. Bem dizia Flaubert, em contexto (ainda) mais filosófico: “L’enfer, c’est les autres.”
Machico, 20 de Agosto de 2018.
Joaquim Jorge Carvalho
[Foto JJC]
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