sábado, 31 de março de 2012
Correr, ser
Na manhã de sexta-feira, inesperadamente, revejo uma (como diria o Torga) rapariga do meu tempo, a Ana. Simpática como é seu hábito, elogiou a beleza sempre igual da MP e, sorrindo, disse de mim que também, só que um bocado “mais rechonchudinho”. Rimo-nos todos da evidência dita e do modo escolhido para a dizer. Mas, já em casa, desagradei-me dessa condição adiposo-mental que é fruto do frio, do trabalho e, sobretudo, desta espécie de preguiça filha do Desânimo (e filha de outra mãe que agora omito).
Comecei, pois, a correr novamente. Isto é, mexi-me, agi. Hoje: trinta e cinco minutos no Choupal (até escrever me dói nas articulações).
Reconcluo que agimos, muitas vezes, contra qualquer coisa. Eu, por exemplo, contra um adjectivo só aparentemente inócuo: rechonchudinho.
Coimbra, 31 de Março de 2012.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida vénia, em http://www.blog.opovo.com.]
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