quinta-feira, 9 de junho de 2011
Soneto do Errar
De mil acordares se faz a vida
E alguns escusavam de acontecer;
Porém não há chegada sem partida
E errar fez sempre parte de aprender.
Esperanças e bonanças sem razão
Me enfeitiçaram olhos e vontade
E tantas vezes a Desilusão
Me trouxe desespero e tempestade.
De muitos acordares se faz a Graça
De viver, embora bem saibamos
Que tantos são princípio de Desgraça -
Mas viver é ofício de enganos
E mil coisas passam sempre até que passa
Por nós a Coisa Certa que buscamos.
Arco de Baúlhe, 09 de Junho de 2011.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem (pintura de Degas) foi colhida, com a devida vénia, em http:www.michellechristine.wordpress.com.]
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2 comentários:
Gostei. Bonito soneto. A imagem aumenta a estética do post.
Muito muito muito bonito!
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