terça-feira, 30 de novembro de 2010
Never more
O meu pai apareceu-me, uma vez mais, num sonho. De manhã, além do frio, senti nos ossos a sua falta. Como o corvo de Edar Allan Pöe, cada pedaço do meu mundo grasna a ausência das suas mãos, da sua voz, do seu cheiro, do seu discurso, da sua graça: Never more. Nunca mais.
Houve muitas vezes em que, de menino a homem, estive com meu pai.
Mas houve sobretudo, também, tantas vezes em que não estivemos juntos. Tantas.
Agora?
Never more, merda.
Nunca mais.
Arco de Baúlhe, 30-11-2010.
[Para o Daniel, cujo pai habita o mesmo Planeta Dor.]
Joaquim Jorge Carvalho
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