Sou uma casa. Sou uma casa já um pouco velha.
Não me é possível ser para sempre uma casa nova, como
outrora fui, mas dá gosto ver que as paredes se mantêm erguidas e fortes, que o
telhado resiste à bruta invasão do tempo, que há ainda dentro de mim uma
espécie de refúgio interior imune à passagem das horas.
À volta da casa que sou, há flores. São já parte da casa. A
casa parece, com as flores em redor, mais nova e mais bonita. O próprio tempo
parece uma circunstância amável, cúmplice de nós.Vieste para a minha vida como flores. Sou, por isso, uma casa com flores à volta. E somos (agora também com aquela jurista bonita da DECO) uma casa digna dessa condição quasimortal.
Obrigado, meu amor, por teres vindo para sermos.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida vénia, em http://www.fernandompinto.buzznet.com.]
2 comentários:
Genial sem duvida, "Data querida" é sem sem duvida um registo perfeito do teu ser.
Um abraço
Lobo
Obrigado, amigo. E abraço!
JJC
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