segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Notas setembrinas
1. Os juros que os gregos pagam, nesse inferno chamado - ironia divina - "dívida soberana", atingem os 50%, qualquer coisa como 45% mais do que pagam os alemães.
Ora, diz-se dos mercados que há neles uma (invisível) lei que sempre conduz à Razão. Haverá mesmo?
2. O alemão Gunther Oettinger, Comissário europeu para a Energia, defendeu que os países incumpridores como Grécia, Irlanda e Portugal, deveriam ter, no quintalinho da UE, as respectivas bandeiras a meia haste. "Para se motivarem", explicou.
Como eufemismo para o fim da Europa, o enunciado parece-me, ainda assim, fracote porque falta ali subtileza e graça.
3. História para os vindouros: "Era uma vez, há muito tempo, a Europa moderna, mas depois chegou a realidade. Fim." Moral da história?
Não há, aqui, moral.
Ribeira de Pena, 12 de setembro de 2011.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida vénia, em http://www.essaseoutras.com.br.]
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2 comentários:
A democracia, a ciência, a filosofia, o teatro, a arte clássica, o desporto, a civilização ocidental em suma, nasceram na Grécia. Já não há respeito! Os merdacos, perdão, os mercados, não querem saber dessas futilidades.
De modo que a Grécia vai bardaMerkel...
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