Fui
convidado pelo Carlos Manuel Batista a participar num colóquio –assumidamente
apartidário - sobre a Juventude e a Política. A (boa) ideia do Carlos Manuel
foi desafiar a comunidade ribeirapenense, sobretudo os mais jovens, para a
discussão do presente e do futuro do concelho (e, numa perspectiva mais
compreensiva, da região, do país, do mundo).
O
evento teve lugar no Auditório Municipal de Ribeira de Pena, a 18 de Julho,
pelas 21h30m.
O
meu discurso durou, conforme prometera já ao organizador, doze minutos a ler.
[Publicá-lo-ei neste blogue assim que o passe a letra de forma.] Defendi, no meu
escrito, à boleia de um magnífico poema de Mário Henrique Leiria, que a atitude
de estar/ficar à espera que as coisas aconteçam é, quase sempre, um erro e um
perigo.
Foi
interessante perceber, na assistência, a consensual vontade de pensar
seriamente, lucidamente, asseadamente, a política
– essa nobre actividade muitas vezes confundida com porcarias hodiernas de
políticos (?) hodiernos.
Vi
jovens homens e mulheres (ainda há pouco meninos e meninas que conheci na
Escola) debitando opiniões inteligentes e angústias legítimas. Vi uma mocidade
ousando sonhar com um Portugal mais justo e mais limpo. Vi candidatos à Câmara
Municipal de Ribeira de Pena dirimindo, de modo civilizado, argumentos e
propostas. Vi, a meu lado (na mesa dos oradores), jovens de diversas áreas
académico-profissionais com ideias muito frescas e muito pertinentes.
O
sumário que me ocorreu para uma noite (tão) bem passada foi este: o pensamento
em acção é mesmo uma poderosa vacina contra a indiferença. O contrário, digo
eu, de estar/ficar à espera.
Ribeira de Pena, 19 de Julho de 2013.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida vénia, em http://www.ribeiradepenaontemehoje.blogspot.pt.]
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