I
Regresso a Coimbra agora
Como a um amor antigo
E quero vê-la de fora
Mas não consigo –
Ó minha cidade, meu amor!
Minha certa coisa interior!
II
A minha mãe foi de bela a velha a olhos vistos. Regressa de velha a bela a olhos escritos.
III
A minha mãe já teve as faces rosadas. Depois, foi-lhe fugindo o sangue, a cor. Parece-me, às vezes, um ser a caminho da transparência, esse estado último e cósmico em que, já não bem estando, inteira permanece afinal – em todas as pessoas, em todas as coisas.
Coimbra, 25 de Novembro de 2012.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida vénia, em http://www.sonsoflyon.blogspot.com.]
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