Gosto da quase-nudez da árvore outonal
Que pesarosa recorda o fim do Verão
E, cansada já do próprio cansaço, mal
Acredita ainda na ressurreição.
Joaquim Jorge Carvalho
[A formosa foto foi colhida, com a devida vénia, em http://www.baixaki.com.]
Eu amo o Verão, mas sou do Outono. A minha vida é feita sobretudo do tempo que ainda falta para o Verão. É uma vida geralmente pobre de mar. Contudo, teimosa como um rio, caminha sempre, desde sempre, para a certa foz a haver. O passado, o presente e o futuro são muito mar.
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