domingo, 12 de dezembro de 2010
Conversas com Saramago
Li, numa pequena esplanada do Fórum Dolce Vita, Conversas com Saramago, de José Carlos Vasconcelos.
O livrinho é constituído por seis entrevistas concedidas pelo Nobel ao Jornal de Letras (em 1989, em 1991 e em 2006) e à Visão (em 2003, em 2004 e em 2005).
Não sendo propriamente um manancial de novidades ou surpresas, trata-se ainda assim de um conjunto de conversas interessantíssimas, dignas de atenção, entre duas pessoas muito inteligentes.
Retive, entre tantas frases dignas de nota, uma ideia de Saramago sobre a importância de, após a sua morte, se proceder a uma edição de cartas que leitores (de variadas origens e de variada condição académico-cultural) lhe foram enviando ao longo dos anos.
Igualmente me ficou, na memória leitora, uma formosa reflexão do escritor sobre a vida e a morte. Na página 113, lemos: «E, no fim, tudo volta ao princípio. Não lhe quero chamar o eterno retorno, não é isso, é estarmos metidos num beco sem saída, não haver saída para a vida a não ser a morte. A única resposta que temos para dar é o amor.»
Entretanto, chegaram as três meninas por quem habitualmente espero nos centros comerciais: a MP, a VL, a Mãe. Saramago e eu sorrimos, então, juntos e cúmplices.
Coimbra, 12 de Dezembro de 2010.
Joaquim Jorge Carvalho
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