Na
sala era já adormecida
A
menina no sofá, com a cadela
Ainda
não dormindo, à espera
De os
pais da menina lá estendida
A
levarem ao quarto seu (e dela)
Segundo
a rotina percebida.
O pai
até à cama carregava
A
menina. E a mãe abria
Os
lençóis. A cadela saltava
Para
os pés da cama e adormecia
Cúmplice
dos mundos em que entrava
Em
sonhos que a menina ali tecia.
Durante
a noite, os pais da princesa
Vinham
ao quarto confirmar
A
inteira paz do sono e a beleza
Da querida
cria. E suspirar
Por
não ser eterna esta leveza
E tão
frágil ser o humano lar.
Coimbra, 02 de Setembro de 2015.
Joaquim Jorge Carvalho
Sem comentários:
Enviar um comentário