Tive a sorte de ser (fugazmente) contemporâneo de Manuel António Pina, esse grande poeta português dos séculos XX e XXI.
Não havendo, a atrapalhar os olhares e os discursos, o consabido veneno da inveja e da mesquinhez, que melhores testemunhas da excelência de um artista que outros artistas? Ora, tomai: li, hoje, no JN, um pequenino, simples e maravilhoso texto de Álvaro Magalhães sobre o seu amigo Pina. E reproduzo-o agora, com a devida (e grata) vénia:
"[Manuel António Pina] Era talvez a pessoa mais inteligente que conheci, e também a mais sábia, a mais talentosa com as palavras de quem era verdadeiramente íntimo.
Ainda choro a sua perda e avalio, de coração transido, a extensão do vazio que ficou, ao mesmo tempo que agradeço o privilégio de ele me ter existido."
Um poeta limpo a olhar para um grande poeta, voilà. É uma coisa (como direi?) terrivelmente bela!
Arco de Baúlhe, 26 de Abril de 2013.
Joaquim Jorge Carvalho
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