sexta-feira, 20 de agosto de 2010
(In)Sguros de Vida(s)
A morte existe. Os que julgam saber esta verdade só verdadeiramente a sabem quando ela os atinge por dentro, nas vísceras.
A partir desse momento, o verbo morrer passa a fazer parte do quotidiano e convive, num paradoxo irreprimível, com a ideia de permanecer.
Permanecer como?
Numa seguradora próxima, um casal assustado trata de pormenores da apólice, ramo Vida, e calcula a receita que resultaria da súbita morte de ambos. A verba reverteria a favor da descendência.
O ser humano é eterno. Mas a eternidade é uma coisa tão frágil!
Machico, 20 de Agosto de 2010.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida vénia, em http://olhares.aeiou.pt.]
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