Em caixa sem cor dorme sem se ver
A violeta antes da música, parecendo
A Branca de Neve antes de haver
O beijo de um Príncipe sofrendo
A dor dessa beleza interrompida
(A dor de bruta Morte, bruto Nada);
É por amor que a beija e lhe dá vida,
É do Amor a Vida retornada.
A menina que liberta do torpor
A violeta, e lhe devolve som & cor
É alma linda, leda, leve, acesa –
Eu vejo na menina uma Princesa
E a violeta é toda a Beleza
Salva de ser Nada por Amor!
Coimbra, 18 de Abril de 2017.
Joaquim Jorge Carvalho
[Nota: Este soneto celebra o dia de aniversário de uma querida Sobrinha, Carolina Ornelas, Filha dos meus Cunhados Paulo e Ana. Violeta é o nome de um instrumento musical, muito semelhante, na forma, ao violino.]
Sem comentários:
Enviar um comentário