Aos 11
de Agosto de 2015, releio contos do Le Clézio, um digno Nobel da Literatura. A
história que dá nome ao livro é “A Febre” e centra-se sobretudo na ideia de que
estamos (sempre) a morrer, a caminho da degradação e do Nada. Já me esquecera
do facto de ter recebido este volume, no longínquo ano de 2009 (!), directamente
das mãos do meu Amigo Conceição. Na página 3, há quatro linhas manuscritas - “Coimbra
2009 / Para o Joaquim “Poeta” / Do Amigo / Conceição”. Ele morreu no ano
passado, a 8 de Julho. Dói-me muito que ele não esteja aqui. Nunca apaguei da
minha lista o seu número de telemóvel. E, regressando a Le Clézio, tudo bate
certo, afinal, sendo certo (infelizmente) o mesmo que trágico.
PS: À
minha frente, antes desse consabido fim a haver, está o belo mar da Tocha. Ora,
o Presente é ainda, visto daqui, um presente!
Praia
da Tochas, 11 de Agosto de 2015.
Joaquim
Jorge Carvalho
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