Convidou-a para um cineminha vespertino e
ela aceitou. Viram um filme (talvez sueco ou norueguês) sobre a vida na
pré-história. Mais ou menos a meio, uma tribo festejava o nascimento do fogo,
produto mágico da fricção persistente de um graveto em outro graveto. Ele
serenamente sorriu, por essa altura. Porque uns bons dez minutos antes, quando
o seu joelho tocara no dela (ou o joelho dela tocara no dele), um fogo muito
maior se lhe acendera já.
Ribeira de Pena,
22 de Abril de 2015.
Joaquim
Jorge Carvalho
[A
imagem foi colhida, com a devida vénia, em http://www.gcn.net.br.]
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