Entre Ribeira de Pena e o Arco, aí a um quilómetro da ponte de Cavez, vejo uma cobra morta no meio da estrada. É uma cobra cinzenta, mal enrolada sobre si, em forma de ponto de interrogação. Como tenho a mania dos símbolos, vejo ali uma pergunta no meio da minha via rotineira, habitual, funcionária. Isto é, no meio do meu percurso, há talvez esta pergunta: "Para quê, Joaquim Jorge?"
A pergunta é desenhada com uma cobra morta. E eu pergunto-me se não será ela já uma pergunta morta.
Arco de Baúlhe, 3 de Maio de 2013.
Joaquim Jorge Carvalho
Sem comentários:
Enviar um comentário