Conversa à porta da Escola, há cerca de uma semana. A luta dos professores. As lutas em geral. Disse, então, algo. Direi-escreverei agora um pouco mais (ou reglosarei o mesmo, quiçá mais claramente).
Nisto de lutas, nem sempre o mais importante é o mais óbvio. O essencial, às vezes, nem sequer é visível, a olho nu.
A luta dos professores é pelo emprego, sim. É pelas condições de trabalho, sim. Mas é também – e sobretudo – pela Escola Pública que Abril prometeu e, até certo ponto, cumpriu. Pelo Futuro que falta.
Disse-o, há dias, a um ex-aluno, hoje na universidade. A luta é por manter uma Escola a que ele teve, no seu tempo, direito e a que, se os circunstanciais governantes (estes ou outros) forem deixados à rédea solta, os vindouros já não terão.
É, aliás, por isso que a passividade, a indiferença e o cinismo fazem parte, na minha gramática mental, de um mesmíssimo holónimo: o nojo.
PS: Aproveito para cumprimentar os milhares de professores que, nas suas Escolas, se organizaram para, até – pelo menos – ao dia 19 de Junho, fazer ouvir a sua voz, a sua preocupação, a sua (incalável) exigência de dignidade e justiça.
Ribeira de Pena, 20 de Junho de 2013.
Joaquim Jorge Carvalho
[A foto, colhida na internet, é de um grande herói da Humanidade, Martin Luther King.]
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