Li e analisei, com os meus alunos do 8.º ano, o poema de Camões "Descalça vai para a fonte". Divertimo-nos, depois, a escutar o "Poema da autoestrada", de António Gedeão, que alegremente glosou o camarada Luís. Finalmente, no seguimento de sugestão das autoras do manual, inventámos novos motes e tentámos fabricar novas composições de jaez semelhante. Enquanto esperava que os alunos concluíssem as suas, elaborei eu próprio esta que, a seguir, aqui deixo. (O mote é: "Correndo vai para a festa / Com uma fita na testa.")
Correndo vai para a festa
Com uma fita na testa.
Apressada, bem a vejo
Nem o banho ela tomou!
Cheira à roupa que usou
Ou a cadáver de queijo.
Correndo vai para a festa
Com uma fita na testa.
Nem por ser tão elegante
É melhor o seu odor.
Alguém lhe dê, por favor,
Um bom desodorizante!
Minha amada não é esta:
Correndo saio da festa.
Arco, 25 de Maio de 2016.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida vénia, em http://www.usazeitaoliteratura.blogspot.com.]
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