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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O Soldado João, de Luísa Ducla Soares: literatura contra a guerra



Luísa Ducla Soares nasceu em Lisboa, a 20 de julho de 1939. Licenciou-se em Letras, em Filologia Germânica. Iniciou a sua atividade profissional como tradutora, consultora literária e jornalista. Foi diretora da revista de divulgação cultural Vida, entre 1971 e 1972. Escreveu para diversos jornais e revistas. No campo da criação literária, estreou-se com um livro de poemas, intitulado Contrato, em 1970. Trabalhou, como secretária adjunta no Gabinete do Ministro da Educação (entre 1976 e 1978). Trabalha, desde 1979, na Biblioteca Nacional.
Como escritora, orientou a sua atividade para a literatura destinada a crianças e jovens, tendo publicado mais de 80 obras. A sua obra foi considerada, desde cedo, uma das mais importantes na área da literatura infanto-juvenil de língua portuguesa. Recusou, por motivos políticos, o Grande Prémio de Literatura Infantil que o governo de Marcelo Caetano quis atribuir-lhe, em 1973, pelo seu livro História da Papoila. Recebeu o Prémio Calouste Gulbenkian para o melhor livro do biénio 1984-1985 por 6 Histórias de Encantar e, em 1996, foi galardoada com o Grande Prémio Calouste Gulbenkian pelo conjunto da sua obra. Em 2004 foi selecionada como candidata portuguesa ao Prémio Hans Christian Andersen.
O livro O Soldado João relata-nos uma simples e interessantíssima história sobre um certo militar que, no quotidiano da guerra, adota uma atitude profundamente humanista e divertida, muito diversa da que seria previsível e normal para um combatente. No início, os seus superiores reagem negativamente àquele comportamento tão pouco convencional e, no âmbito da atividade guerreira, tão pouco produtivo. No final da história, contudo, acaba por ser ele a promover, com as suas ações originais e surpreendentes, a apetecida paz.
Pormenor interessante: esta formosa história, que Luísa Ducla Soares tão bem conta (e Assunção Melo tão bem ilustra), lê-se em menos de meia hora.
Conselho de Amigo para os meus queridos alunos: vão à prateleira certa e escolham O Soldado João. Vale muito a pena.

Arco de Baúlhe, 22 de Outubro de 2013.
Joaquim Jorge Carvalho
[Texto elaborado no âmbito da promoção da leitura na Escola Básica de Arco de Baúlhe.]

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