O súbito frio da manhã
À saída do prédio;
Vultos lentos dos velhos
À porta do laboratório;
Estrangeiros altos tagarelando
Sobre a barragem da Iberdrola;
Grupos de jovens carregando mochilas
A caminho da escola;
Eu também na minha lida novembrina
De olhar cómico-cósmico,
Esgaravatando o horizonte
Buscando tudo quanto à vista haja
E para tudo procurando um fio unificador
Deste bordado humano que entretanto teço:
Mundo, tempo, gente, vida a passar
Poema.
Arco de Baúlhe, 27 de Novembro de 2018.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem (pormenor de bordado madeirense, muito antigo) foi colhida, com a devida vénia, em http://www.pinterest.pt.]
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